"O partido decide em escala nacional e todas as seccionais regionais, após a aprovação da maioria, têm de seguir a decisão", afirmou o presidente do PDT
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, considerou "muito difícil" a sigla deixar de apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff neste ano, apesar de alguns candidatos aos governos estaduais admitirem a hipótese. "O partido decide em escala nacional e todas as seccionais regionais, após a aprovação da maioria, têm de seguir a decisão", afirmou, ao final da cerimônia de inauguração de uma estátua de Leonel Brizola, nesta quarta-feira, 22, em Porto Alegre. Também previu que as definições vão ficar para o final dos prazos estabelecidos pela legislação eleitoral em um ano em que o carnaval será em março e o País sediará a Copa do Mundo em junho e julho.
Questionado sobre a perspectiva de o partido dar palanque ao tucano Aécio Neves, já que há conversações com o PSDB no Rio Grande do Sul, Lupi foi taxativo. "Não vejo possibilidade", respondeu. O dirigente trabalhista admitiu, no entanto, que a chapa ao governo estadual possa ser composta por nomes que tenham diferentes candidatos ao governo federal. O PDT já escolheu o deputado federal Vieira da Cunha e o jornalista Lasier Martins como candidatos ao Palácio Piratini e ao Senado, respectivamente, e oferece a vaga de vice-governador aos aliados. O PSDB procura palanque para Aécio e não tem candidato ao governo do Rio Grande do Sul.
Vieira da Cunha prefere deixar todas as possibilidades abertas, mas não fala em embarcar em alguma candidatura presidencial. "Estamos conversando com todos e são bem-vindos todos os que se comprometerem com as linhas de governo que vamos adotar", despista. "O que tratamos aqui é da campanha estadual, enquanto a decisão nacional pertence a outra esfera, que á nacional". O pré-candidato afirma que, se dependesse dos pedetistas gaúchos, o partido teria candidato próprio à sucessão presidencial.