Brasília prepara plano de gestão

Chefe da Casa Civil revelou as estratégias de futuro da capital durante almoço com membros do Lide Brasília




O presidente do Lide Brasília, e o secretário Swedenberger Barbosa em encontro que contou com 40 associadosBrasília terá um plano de gestão de longo prazo, projetado inicialmente até 2060, apoiado em quatro grandes pilares: a Cidade Aeroportuária; os Parques Industrial e Logístico; e o Distrito Financeiro. Para alcançar este estágio, o GDF elaborou e vem executando um ambicioso plano de gestão, investimento e integração de ações, que está sendo tocado pela Casa Civil, comandada pelo secretário Swedenberger Barbosa, o Berger, que almoçou na quinta-feira (27) com membros do Lide Brasília, na casa do co-fundador do grupo empresarial, Nadim Haddad.


Mediado pelo presidente do Lide Brasília, Paulo Octávio, o encontro teve a presença recorde de 40 associados do grupo de líderes empresariais. Coube ao presidente regional do grupo apresentar Berger, um tradicional integrante do PT e que, por dez anos, teve papel de destaque na Casa Civil da Presidência da República, nos oito anos do Governo Lula e nos dois primeiros anos da gestão Dilma. Período no qual, como destacou Paulo Octávio, passou sem nenhum arranhão em sua imagem.

Durante sua palestra, que durou uma hora, o chefe da Casa Civil do DF traçou um panorama dos investimentos e ações da atual administração do DF. O primeiro desafio, após Berger assumir o cargo, em 2012, foi montar uma junta de execução orçamentária, integrada ainda pelos secretários de Fazenda e Planejamento, para acompanhar se a aplicação dos recursos vem obedecendo às pautas estipuladas. Com esse trabalho, foi possível dobrar, em dois anos, a capacidade de investimentos do DF, atingindo R$ 2,2 bilhões no ano passado, um recorde absoluto. “Com essa organização da carteira de investimentos, o DF tem, hoje, mais de 800 projetos estruturados, para os quais não podem faltar recursos”, garantiu.

Isso vem permitindo, segundo ele, a ampliação de investimentos prioritários para o governo, com destaque para a construção de creches, UPAs, o Hospital da Criança e centros olímpicos, além da garantia de investimentos nos corredores de tráfego, do aumento da oferta de água e energia e do aperfeiçoamento da logística na cidade. Berger adiantou ainda que o GDF pleiteia a entrada em uma futura terceira fase do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para garantir novos investimentos a projetos, entre eles a complementação do Anel Rodoviário do DF.

O chefe da Casa Civil lembrou que as ações do GDF estão pautadas, neste momento, em melhoria da condição social da cidade, especialmente na questão da mobilidade urbana e da acessibilidade, duas prioridades definidas pelo governador Agnelo Queiroz. Paralelo a isso, já ocorreram algumas conquistas, como a desativação do Caje e o fechamento do Lixão, que será substituído até a Copa do Mundo por um programa de coleta seletiva associado com centros de triagem.

Para o futuro da capital, Berger projeta um cenário até 2060 baseado em quatro grandes empreendimentos: a Cidade Aeroportuária, os Parques Industrial e Logístico e o Distrito Financeiro. Para chegar lá, algumas metas já foram traçadas: ampliação da relação com o setor privado; o estabelecimento de um Plano de Negócios que permita à Terracap superar o saturado modelo de companhia imobiliária, com a constituição de um fundo de investimentos para a empresa e a atuação conjunta, também, com o empresariado local; e a melhoria da gestão pública.

Neste último ponto, o secretário acredita que há a necessidade de adotar algumas mudanças de atuação, como a inversão de fases de licitação em alguns projetos; a aplicação do Regime Diferenciado de Contratação, como houve no caso do PAC, da Copa e de projetos estruturantes; a regulamentação da Lei Distrital 5.280/13, que melhora a questão do licenciamento e das autorizações em empreendimentos, hoje um entrave no crescimento da cidade; a simplificação nos procedimentos de registros de empresas, uma pauta antiga da classe empresarial; e a agilidade na aprovação dos projetos dentro da Força Tarefa montada em seu gabinete, que tenta superar as dificuldades de integração histórica do GDF.

“O Estado precisa ter uma eficiência maior e vamos trabalhar para alcançá-la. Já começamos o Centro de Gestão Integrada, iniciado pelo módulo de segurança na Copa, e este ano vamos ter, também, um sistema virtual de aprovação de projetos”, garantiu o secretário, que também respondeu a perguntas sobre questões como o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) e a revitalização das estatais CEB e Caesb.

O LIDE
Fundado em junho de 2003, o Lide - Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em nove países e quatro continentes. Atualmente tem 1.300 empresas filiadas (com as unidades nacionais e internacionais), que representam 49% do PIB privado brasileiro. O objetivo do grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil e no exterior, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

Por Paulo Roberto Melo
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