Aécio irá processar Dilma por injúria após propaganda que diz que ele não respeita mulheres

Segundo tucano, petistas divulgam informações ‘sabidamente inverídicas contra o candidato em sua propaganda eleitoral’

Aécio e Dilma durante debate na Band 

BRASÍLIA - A estratégia petista de desconstrução do adversário no horário eleitoral e nas inserções está dando trabalho para a assessoria jurídica da campanha de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República. Advogados do tucano deram entrada na Procuradoria Geral Eleitoral e no Tribunal Superior Eleitoral com uma enxurrada de ações, com pedidos de direito de resposta e suspensão das peças, além de ações por calúnia, difamação e injúria contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Neste sábado, coordenação jurídica da coligação de Aécio apresentou na PGE uma representação requerendo a abertura de investigação criminal contra Dilma Rousseff por divulgar informações “sabidamente inverídicas contra o candidato Aécio Neves em sua propaganda eleitoral”.


Hoje a assessoria prepara outra ação pedindo abertura de processo contra a Dilma pela veiculação de um filmete acusando Aécio de desrespeitar mulheres. No filmete exibido hoje com frases que reforçam a ideia de que Aécio, sem motivos, teria sido agressivo com as candidatas Luciana Genro (PSOL) e Dilma Rousseff nos debates.

“Aécio tem mostrado dificuldade em respeitar as mulheres. No debate da Globo, no primeiro turno, a agressividade foi contra a candidata Luciana Genro. Veja”, diz o locutor, mostrando o trecho do debate onde Aécio repele com veemência uma acusação de Luciana Genro. Em outro trecho do debate da Band no segundo turno, é mostrado outro diálogo duro de Aécio com Dilma, em que também ele refuta uma acusação dizendo que a presidente está sendo leviana. “Você acha que um candidato a presidente pode agir dessa maneira?”, diz o locutor.

No anúncio do pedido de abertura de inquérito contra Dilma por injúria e difamação, a assessoria juríca tucana afirmou que, dentre “as inúmeras inverdades lançadas pela representada” em sua propaganda eleitoral, foram destacados seis temas. “Os temas selecionados, que não esgotam a lista de mentiras já ditas nesta eleição, dizem respeito a questões voltadas ao campo administrativo, pois as questões de índole pessoal já foram objeto de outras representações pela prática de crimes de calúnia, difamação e injúria”.

Sustentam a ação, a afirmação de Dilma e informações veiculadas em seu programa de que “ não foram entregues oito hospitais regionais no Governo de Aécio Neves; informação inverídica de que o preço da tarifa de luz no Estado de Minas Gerais é o maior do Brasil; alegação de que o crescimento do Estado de Minas Gerais foi o menor do Brasil; afirmação falsa de que o salário dos professores do Estado de Minas Gerais é menor que o piso fixado por lei; inverdade na propaganda que diz ser a redução da mortalidade infantil brasileira a menor do país; e a agressiva e injusta imputação ao candidato Aécio Neves de que processou e perseguiu jornalistas”.

Os advogados dizem que, embora foram divulgadas muitas outras mentiras, estas são suficientes para comprovar o crime praticado na propaganda eleitoral da candidata Dilma Rousseff.

“Infelizmente, ao optar por promover uma propaganda de baixo nível, a candidata do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, abusou dos meios de comunicação que estão à disposição de sua candidatura”, caracterizando a prática do crime previsto na lei eleitoral. “A verdade, neste caso, não só deve ser restabelecida, como também punida”, diz a nota.
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