Ferramenta usada na rede pública é substituída por nova versão que terá dados mais concretos sobre unidades hospitalares e postos de saúde
Hospitais terão 120 dias para se adaptar à versão de 2015 do Sistema Integrado de Saúde — mecanismo de coleta de informações sobre procedimentos, pacientes, custos e tudo que se relaciona ao serviço prestado no dia a dia da rede pública. A ferramenta é utilizada nas unidades de Brasília desde 2010, mas em formato antigo, criado em 2008. “Pesquisamos e encontramos esse modelo com mais detalhamentos; poderemos ter um retrato fiel de tudo que está sendo feito nos hospitais e meios de pleitear recursos ao governo federal”, afirma o secretário de Saúde, Fábio Gondim.
A migração começou ontem (14), às 23 horas, e o sistema continua a ser atualizado até estar em plena operação. “Ganharemos muito em eficiência”, afirma o gestor da pasta. Segundo o subsecretário de Tecnologia da Informação em Saúde, José Rui de Carvalho Demes, o atendimento aos pacientes nesse período não será prejudicado. “Treinamos cerca de 600 servidores para atuar em todas as unidades e preparamos os nossos computadores.”
Os profissionais registrarão desde a quantidade de linha usada em suturas até exames como tomografias. “Além disso, saberemos o tempo de permanência nos prontos-socorros e nas unidades de internação e o tempo de espera por uma consulta”, lista o secretário Gondim. Esse tipo de informação é importante, por exemplo, para verificar onde é possível economizar, onde a necessidade por profissionais é maior e onde estão pacientes que podem continuar o tratamento em casa e evitar, assim, internações muito longas. O custo médio por pessoa em unidade de terapia intensiva é de R$ 3,5 mil por dia. Se o doente puder ter tratamento domiciliar, esse valor cai para R$ 1 mil, estima o titular da secretaria.
Para que o sistema seja eficaz, a inserção dos dados deve ser rotineira na vida dos médicos, dos enfermeiros e dos outros profissionais envolvidos. “Hoje não temos certeza de muita coisa na rede pública porque não há informação atualizada de maneira correta; com a nova versão, teremos ajuda de uma ferramenta importante que, para funcionar, precisa ser alimentada.”