SECA: Causas, efeitos e cuidados especiais nas escolas públicas

Os registros de temperaturas altas e baixa umidade relativa do ar nos últimos dias fizeram com que a Defesa Civil decretasse estado de emergência no Distrito Federal

Foto: Tony Winston,

Durante o final de semana passado, foi registrado o índice de 11% de umidade por dois dias consecutivos. A semana seguiu a tendência de baixa, apresentando média na casa dos 15%. A pergunta que resta é: e como ficam as atividades físicas no universo escolar?

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF) orienta que os professores de educação física, na organização do trabalho pedagógico, incluam atividades que não exijam esforço intenso dos estudantes. “Reforçamos a importância do uso de roupas leves, a hidratação constante e que haja alternativas pedagógicas para atender os alunos nos dias em que prevalecer um quadro emergencial como o descrito”, explica a coordenadora de Educação Física e Desporto Escolar, Vênus Aragão. Ela conta que, atualmente, estão ocorrendo os Jogos Escolares do Distrito Federal e os Jogos INTERCID – dos Centros de Iniciação Desportiva, e, preocupada com a situação atual, a Coordenação tem procurado flexibilizar os horários dos jogos e orientando que os atletas façam a ingestão de líquidos com maior frequência.

Defesa civil

As recomendações estão alinhadas com as da Defesa Civil que, durante o período de baixa umidade, ressalta a importância de assegurar a hidratação das crianças e adolescentes, bem como resguardá-los quanto à atividade física, nos horários entre 10h e 16h. A seca pode desencadear sintomas da desidratação como falta de disposição, olhos e pele ressecados, bem como problemas mais graves relacionados ao sistema respiratório - rinites, sinusites, irritação de garganta.

“As crianças, por ainda não terem a percepção de risco desenvolvida, se tornam um motivo de atenção especial. Também pelas características do organismo, que as deixam mais vulneráveis”, explica a Major Juliana Toledo, assessora especial da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do Governo de Brasília. Ela lembra ainda que o risco de desidratação aumenta, dependendo da intensidade da atividade. “Por isso é tão importante preservar as crianças de atividades intensas. O organismo já está fragilizado, não cabe expor a mais esse esforço”, enfatiza.

Meteorologia

Questionada se essa é a seca mais impactante dos últimos anos, a meteorologista Ingrid Peixoto, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que períodos mais quentes do que o atual já foram observados em outras épocas e que os números variam de acordo com o método de avaliação. “Na estação automática você vai aferir valores menores do que nas estações convencionais. A diferença de uma para a outra varia em até 5%”, diz. Existem três formas de classificação do Inmet: perigo potencial, perigo e grande perigo. Já a Defesa Civil classifica entre Estado de Alerta e de Emergência.

A seca na região é consequência de um bloqueio atmosférico, formado por uma massa de ar seca e quente, estacionada na área central do Brasil. “Isso acaba afetando principalmente o Centro-Oeste.

decorrer do inverno, essa massa quente ganha mais força e se expande, o que ocasiona valores extremos de temperaturas e baixo umidade relativa do ar”, complementa a especialista. Há a possibilidade de chuva para o final de semana, entretanto, fraca, e em áreas isoladas. O brasiliense vai ter que aguardar mais um pouco para o período chuvoso. Com força, volume - e até granizo - só em meados de outubro para novembro.

A formação de névoa seca, característica do período, pode causar problemas respiratórios, devido às partículas de poeira que ficam em suspensão na atmosfera.


Fonte: Redação.
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