Programa Reeducandos do Grupo Pereira inaugura Central de Manutenção de Carrinhos no Complexo Penitenciário da Papuda, no DF

Desde sua criação, o programa promove a reinserção social de presos por meio do trabalho, já tendo beneficiado mais de 600 apenados

O desafio de conquistar emprego é ainda maior para quem sai do sistema prisional. Reconhecendo essa realidade, o Grupo Pereira, sétimo maior grupo varejista do país, há 10 anos começou a ajudar a transformar vidas por meio do Programa Reeducandos. O projeto foi expandido com a inauguração na última terça-feira, 05/03, da Central de Manutenção de Carrinhos no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, fruto de uma parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (FUNAP).

Com a nova Central de Manutenção de Carrinhos em atividade na Papuda, 06 presos do regime semiaberto atuam nos reparos e reformas dos carrinhos das lojas das redes Fort Atacadista e Supermercados Comper, do Grupo Pereira.  

Durante a solenidade de inauguração da Central de Manutenção de Carrinhos a Diretora Executiva da FUNAP, Dra. Deuselita Pereira Martins manifestou elogios à iniciativa do Grupo Pereira. “Nunca vi uma empresa com um projeto de transformar pessoas como esse. Acolher e capacitar os reeducandos e depois inseri-los no mercado formal de trabalho é maravilhoso. Por isso, só tenho a agradecer a vocês do Grupo Pereira”, declarou a diretora.

A intenção do Grupo Pereira é levar o Programa para todos os outros cinco estados onde atua. A perspectiva é de, ainda neste ano, expandir o Reeducandos para os estados do Mato Grosso e Santa Catarina. No Distrito Federal, além dos seis reeducandos da Central de Carrinhos, outros 31 do regime semiaberto trabalham em lojas do Comper e do Fort Atacadista.

“Quem sai do sistema prisional precisa lidar com o preconceito que tende a rejeitar e a excluir as pessoas que cometeram algum tipo de crime, o que inviabiliza qualquer tipo de ressocialização fora da prisão. Esta iniciativa não apenas oferece emprego, mas também abre caminhos para uma reintegração efetiva na sociedade, transformando vidas e promovendo uma real mudança de perspectiva para aqueles em busca de uma segunda chance”, conta Paulo Nogueira, diretor de Gente & Gestão do Grupo. 

Eduardo Cesar Alves da Silva é um dos reeducandos recém-admitidos na nova Central de Carrinhos da Papuda. Réu primário, o projeto representa uma nova forma de esperança para a sua vida pessoal e profissional. “Essa é uma iniciativa que nos dá um recomeço de vida. Não é porque a gente errou uma vez, que vai errar novamente. Essa oportunidade que eles estão dando para mim é muito importante. Eu sou réu primário, estou voltando para a sociedade e pretendo nunca mais retornar para esse lugar [o presídio]”, afirmou Eduardo durante o evento de inauguração da Central. 

Segundo Marcela Passamani, Secretária de Estado da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal e Presidente da FUNAP/DF, o nosso papel é dar boas oportunidades às pessoas. “E hoje, com a parceria do Grupo Pereira, estamos vivendo um dia de êxito, quando mostramos que é responsabilidade de todos nós devolver essas pessoas à sociedade, em condições de escrever uma nova história através de uma qualificação e uma oportunidade de trabalho”, reforçou a Secretária.

Histórico do Projeto

Tudo começou em 2014 com a contratação de quatro apenados no Atacado Bate Forte, no Mato Grosso do Sul. Com o tempo, o Programa foi se estruturando e se expandindo para as bandeiras do Supermercado Comper e do Fort Atacadista. Uma das últimas iniciativas foi a criação da Central de Manutenção de Carrinhos, localizada no Centro Penal de Gameleira, também no Mato Grosso do Sul.

O programa vai além do trabalho, promovendo a capacitação profissional. “Para contribuir com a formação e o desenvolvimento, iniciamos em junho de 2023, a primeira Trilha de Desenvolvimento dos Reeducandos. São quatro módulos: ressocialização, marca pessoal, educação no processo de transformação e protagonismo de carreira”, explica o diretor Paulo Nogueira. 

Outra novidade foi a contratação de mulheres egressas de presídios femininos. A ação começou em 2022, no Mato Grosso do Sul, e atualmente 17 presas do regime semiaberto foram integradas ao Reeducando para trabalhar na área de flores, bazar e na organização e no layout desses espaços nas lojas.

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