"Nunca na sua vida faça uma Copa do Mundo e uma Olimpíada ao mesmo tempo", teria afirmado o prefeito em um debate
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), estaria sob forte estresse e teria apontado a realização de dois grandes eventos na mesma cidade como algo desaconselhável, segundo perfil publicado pelo jornal norte-americano The New York Times no dia 28 de fevereiro. Possivelmente esse também seria o motivo para os acessos de raiva de Paes nos últimos tempos, disse o NYT.
"Nunca na sua vida faça uma Copa do Mundo e uma Olimpíada ao mesmo tempo", teria afirmado o prefeito em um debate, acrescentando que as manifestações populares de junho do ano passado tornaram tudo ainda pior. "Isso fará a sua vida praticamente impossível."
Segundo o NYT, o prefeito teria lançado um cinzeiro contra um dos seus assessores, um grampeador em outro e insultado uma vereadora em seu gabinete chamando-a de vagabunda, além de ter dado um soco em um rapaz dentro de um restaurante japonês. Tudo isso seguido de um pedido de desculpas e a justificativa de que estaria sob forte estresse, fruto de sua jornada diária de 15 horas de trabalho, descreveu o jornal.
O perfil diz ainda que políticos de todo o País devem ter pensado que acolher esses eventos poderia abrir um caminho para o Brasil fazer as reformas necessárias e se tornar uma potência entre os emergentes (inclusive para receber esse tipo de celebração). Mas, segundo o NYT, o próprio prefeito reconheceria que as coisas não funcionaram como o esperado.
O resultado, segundo a reportagem, envolve "embaraçosos" atrasos nas obras de estádios, aeroportos e demais sistemas de transporte nas cidades-sede. Tudo isso turbinado pela insatisfação crescente com os serviços públicos. Enquanto isso, a população questiona por que o governo está financiando os eventos, enquanto escolas públicas e hospitais permanecem precários, destacou a publicação. Além disso, segundo o NYT, remoções de moradores de favelas também estariam estimulando ressentimentos em relação aos grandes projetos de desenvolvimento.
"Enquanto isso, o explosivo Sr. Paes, cuja sorte política estava crescendo antes dos protestos, se acha no centro de uma disputa cada vez mais feroz sobre em que tipo de cidade o Rio está se transformando", diz o NYT, mostrando que alguns populares entrevistados pela reportagem chegam a se referir ao prefeito como "171".
Apesar disso, o jornal norte-americano lembra que Paes é mais admirado fora do que em sua própria cidade. O NYT menciona que, em uma reunião de cúpula realizada na África do Sul em fevereiro, o prefeito do Rio sucedeu o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg como líder do C-40, uma rede de cidades que pretendem reduzir emissões de gases que provocam o efeito estufa.
O prefeito não deu entrevista para falar sobre o assunto.
"Nunca na sua vida faça uma Copa do Mundo e uma Olimpíada ao mesmo tempo", teria afirmado o prefeito em um debate, acrescentando que as manifestações populares de junho do ano passado tornaram tudo ainda pior. "Isso fará a sua vida praticamente impossível."
Segundo o NYT, o prefeito teria lançado um cinzeiro contra um dos seus assessores, um grampeador em outro e insultado uma vereadora em seu gabinete chamando-a de vagabunda, além de ter dado um soco em um rapaz dentro de um restaurante japonês. Tudo isso seguido de um pedido de desculpas e a justificativa de que estaria sob forte estresse, fruto de sua jornada diária de 15 horas de trabalho, descreveu o jornal.
O perfil diz ainda que políticos de todo o País devem ter pensado que acolher esses eventos poderia abrir um caminho para o Brasil fazer as reformas necessárias e se tornar uma potência entre os emergentes (inclusive para receber esse tipo de celebração). Mas, segundo o NYT, o próprio prefeito reconheceria que as coisas não funcionaram como o esperado.
O resultado, segundo a reportagem, envolve "embaraçosos" atrasos nas obras de estádios, aeroportos e demais sistemas de transporte nas cidades-sede. Tudo isso turbinado pela insatisfação crescente com os serviços públicos. Enquanto isso, a população questiona por que o governo está financiando os eventos, enquanto escolas públicas e hospitais permanecem precários, destacou a publicação. Além disso, segundo o NYT, remoções de moradores de favelas também estariam estimulando ressentimentos em relação aos grandes projetos de desenvolvimento.
"Enquanto isso, o explosivo Sr. Paes, cuja sorte política estava crescendo antes dos protestos, se acha no centro de uma disputa cada vez mais feroz sobre em que tipo de cidade o Rio está se transformando", diz o NYT, mostrando que alguns populares entrevistados pela reportagem chegam a se referir ao prefeito como "171".
Apesar disso, o jornal norte-americano lembra que Paes é mais admirado fora do que em sua própria cidade. O NYT menciona que, em uma reunião de cúpula realizada na África do Sul em fevereiro, o prefeito do Rio sucedeu o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg como líder do C-40, uma rede de cidades que pretendem reduzir emissões de gases que provocam o efeito estufa.
O prefeito não deu entrevista para falar sobre o assunto.