A crise patrocinada pelo governo da presidente Dilma Rousseff há muito deixou de ser apenas econômica e agora impõe perdas também na área social.
Foto: Aline Dias.
Isso porque os níveis inflacionários, que crescem a cada dia, têm afetado cada vez mais os preços de itens básicos para a população brasileira, como remédios, alimentos e passagens para o transporte público.
Dados divulgados nesta segunda-feira (19/10) mostram que a inflação na capital federal já está rondando os 2% ao mês, taxa inimaginável para um país que lutou durante décadas pela estabilidade econômica. Reportagem publicada nesta terça (20/10) pelo jornal Correio Braziliense mostra que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 1,95% em Brasília no último mês – a maior variação entre as capitais metropolitanas pesquisadas e quase o triplo da média nacional, de 0,66%.
Ouvido pelo Correio, o coordenador do IPC-S Paulo Pichetti afirmou que a alta da inflação em Brasília foi impulsionada, principalmente, pelo grupo de transporte, que sofreu alta de 5,01% na primeira prévia do mês para 7,40% na segunda. Só a tarifa de ônibus urbano acumulou alta de 43,33% nos últimos 30 dias.
O grupo de saúde e cuidados pessoais foi o segundo maior responsável pela elevação dos custos, com alta de 0,45%. Para a servidora pública Cicilia Cristina, o que mais pesa no orçamento são os remédios. Ela revelou à reportagem do Correio que não desembolsa menos de R$ 350 por mês com medicamentos, 75% a mais do que gastava no início do ano.
É o mesmo problema que vive a professora Sandra Farias. “Não sobra para o resto. Acabo gastando muito com produtos farmacêuticos e não posso abrir mão disso”, disse ao jornal. Por conta da alta generalizada de preços, a professora tem priorizado a saúde, mas as compras do mês no supermercado acabam saindo prejudicadas. “Até o começo do ano, eu enchia dois carrinhos de compras. Hoje, não completo nem um”, lamentou à reportagem.
Fonte: Redação.