A sessão da Câmara Legislativa do Distrito Federal foi marcada nesta quarta-feira (9), mais uma vez, por críticas às derrubadas de construções residenciais feitas pela Agefis.
Agência foi classificada como "truculenta" e "ilegal" por diversos deputados
A atuação da agência foi classificada como "truculenta" e "ilegal" por diversos deputados.
"O que temos visto é a intolerância com os menos favorecidos. Sei que tem que ter planejamento, mas não podemos fechar os olhos para a necessidade de moradia", disse a deputada Sandra Faraj (SD).
Em apoio à fala da colega, o deputado Wellington Luiz (PMDB) disse que a Agefis tem transformado "pais e mães de família em bandidos". Ele condenou a execução de derrubadas sem a devida autorização legal: "A Agefis mete o pé na porta e faz". O distrital defendeu, ainda, a implantação de um programa habitacional "decente" para solucionar a questão.
Para o deputado Ricardo Vale (PT), antes de se derrubar qualquer moradia, o Estado deveria estudar e oferecer condições mínimas aos moradores. "Isso é dar dignidade às pessoas", apontou. Ele também cobrou que as retiradas sejam feitas dentro da legalidade.
Grilagem – Na opinião do líder do governo na Casa, deputado Júlio César (PRB), as derrubadas têm sido feitas em resposta à grilagem de terras. "Há grileiros que incitam a invasão e que levam as pessoas mais carentes ao erro", argumentou. Ele disse, no entanto, ser contra às derrubadas "da maneira que têm sido feitas, de forma truculenta".
Para investigar o processo de grilagem de terras no DF, o deputado Wellington Luiz sugeriu a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Casa. O deputado Rodrigo Delmasso (PTN) concordou: "É preciso abrir uma investigação séria para prender os grileiros".